quarta-feira, dezembro 06, 2006

Análise a uma letra de André Sardet

Eu gostava de olhar para ti / E dizer-te que és uma luz / Que me acende a noite, me guia de dia e seduz...

Eu gostava de ser como tu / Não ter asas e poder voar / Ter o céu como fundo, ir ao fim do mundo e voltar...

Ora bom, como começar...? Aquele que parecia um início decente... blá blá blá, “és uma luz” e tudo e tudo... descamba rapidamente para um “ser como tu / não ter asas e poder voar” (!!!) Ficamos apreensivos... afinal porque raio de bicho se apaixonou o Sardet, um ser que não tem asas e voa? Será que conheceu uma mulher-canhão, nalgum destes circos de Natal? Por outro lado, se a mulher é um canhão, o que terá fascinado tanto assim o Sardet?!!!? Terá ela barba? Conseguirá deslocar as omoplatas? Não se entende, ó André!

Eu não sei o que me aconteceu... / Foi feitiço! / O que é que me deu? / Para gostar tanto assim de alguém / Como tu...

Parece que nem ele sabe o que lhe aconteceu. Estava sobre o efeito de Zyrtec, dizemos nós, o que aliás explica aquele ar aluado do intérprete. Mas Sardet atribui a culpa de se ter apaixonado, já em desespero de causa, a um feitiço que lhe lançaram. No entanto, temos em demasiado boa conta os bruxos deste país para pensar que algum deles sequer tenha perdido tempo com isso, mesmo a troco de uma grossa maquia. A não ser, claro, que a mulher fosse realmente barbuda, e aí fosse, digamos, uma pequena partida, uma vendettazinha de um mago com melhor ouvido ou gosto musical, e também uma pontinha de malícia.

Eu gostava que olhasses para mim / E sentisses que sou o teu mar / Mergulhasses sem medo, um olhar em segredo, só para eu / Te abraçar...

Esta estrofe, garantem-nos 347 psiquiatras consultados, revela subliminarmente um mal de que padece o Sardet: ejaculação precoce. Este facto acaba por ter repercussões no estilo delico-doce e frouxo do cantor. “Mergulhasses sem medo (...), só para eu / Te abraçar”, cá está: com um simples abraço o Sardet fica à beira de... vocês entendem, à beira de disparar a “arma”... É demasiado triste e penoso, ainda para mais obrigando os ouvintes a este género de detalhes.

Eu não sei o que me aconteceu... / Foi feitiço! / O que é que me deu? / Para gostar tanto assim de alguém / Como tu...

O intérprete repete aqui a sua dificuldade em compreender o que se passa à sua volta. De novo a história do feitiço, única explicação para se ter deixado arrastar nas falinhas mansas da mulher barbuda que, afinal, tinha uma característica única, apreciada por André. A saber: depois de cada palavra proferida, dava conta do número de letras utilizado. Imaginemos o diálogo: “André cinco canta-me sete uma três canção seis de duas amor quatro.”

O primeiro impulso é sempre mais justo, é mais verdadeiro... / E o primeiro susto dá voltas e voltas na volta redonda de um beijo profundo...

Para estas duas frases só temos uma explicação. O primeiro impulso de André Sardet aos 18 anos foi viver uma existência de eremita no antigo Mosteiro dos Monges Hieronimitas, para quem não sabe, sito nas Berlengas. Mas quando decidiu meter-se no barco, vomitou-se todo (o tal susto que lhe deu voltas e voltas... à barriga) e teve uma visão: Rui Veloso, que estava lá em passeio com a família. A partir de então iria imitar o cantor portuense.

Eu não sei o que me aconteceu... / Foi feitiço! / O que é que me deu? / Para gostar tanto assim de alguém / Como tu... / Eu não sei o que me aconteceu... / Foi feitiço! / O que é que me deu? / Para gostar tanto assim de alguém / Como tu... / Como tu...

Nesta fase já se nota a confusão do cantor, depois de ter passado uns longos 17 minutos a escrever a letra dos primeiros versos. Balbucia, repete-se, começa a revirar os olhos, a pele adquire um tom pardacento... finalmente, uma espumazinha assoma-lhe aos cantos da boca... UURGGG!!!! Houvesse a chance de um AVC atingir o Sardet e impossibilitá-lo, apenas, de escrever e cantar estas coisinhas pífias, e o Mundo seria bem mais justo... Então não?!?

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

... um pouco de espírito natalício para a redacção da folha do norte...
...e muitas platinas pra ti, oh andré... n ligues às invejas...

12:24 da tarde  
Blogger Cristy said...

Eu acho que esta é a música em que o rapaz sai do armário e assume que é gay. Tudo o resto são metáforas para que a mulher e a filha não o topem

8:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

ja ouvis-te falar em figuras de estilo ? isso explicaria o inicio...de resto so posso dizer q és muito OTÁRIO(A)... n gostas, tdo bem tas no teu direito! agr criticar sem saber fazer melhor é triste! basicamente és triste! e entao vai la ouvir os teus sons, pimbalhada inglesa e coisas do genero! ;)

5:17 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

andre serdet eu gosto muito das tuas musicas sao umas das molhores que eu ja vi em toda a minha vida. obrigada pela sua atenção.

6:19 da tarde  

Enviar um comentário

<< Home